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11-01 ( Santa Rita / MG - Tres Lagoas / MS ) - Na véspera da viagem, choveu muito em Santa Rita, era uma mostra do que me esperava no dia seguinte. Acordei cedo , carreguei a moto e pé na estrada . O tempo estava muito ruim, muita chuva forte. Mas fiquei feliz por ter demorado tanto para carregar a moto, na altura de Ouro Fino, uma Fiorino que vinha na direção contraria rodou e atravessou a pista, ainda bem que por questões de segundos eu não estava ali. Parei a moto e ajudei o motorista a empurrar o carro que saiu da estrada e entrou dentro do mato. No estado de São Paulo, as estradas são muito boas , só retas, o sol apareceu e me acompanhou até Três Lagoas no Mato Grosso do Sul.

12-01 ( Tres Lagoas  – Corumba ) - Me atrasei e demorei muito para carregar a moto. A estrada até Corumbá, parte era boa e parte muito ruim com buracos fundos. Na rotatoria de Campo Grande me enganei e entrei em Campo Grande, fiquei quase 40 minutos tentando sair da cidade. Depois de Campo Grande, vem o Pantanal, paisagem bonita , com muitas placas de aviso de animais cruzando a pista, desde jacaré até onça. Ainda bem que só encontrei um casal de Tatu mas consegui desviar a tempo. Começou uma tempestade no meio do Pantanal, como a estrada não tem acostamento, parei a moto na beira do asfalto para colocar a capa de chuva, não percebi que o chão era fofo e quase a moto rola morro abaixo. Como me atrasei muito, começou a escurecer , eu estava no meio do Pantanal numa estrada cheia de buracos e muita chuva ( não sei como mas entrou água dentro da capa de chuva, eu estava todo molhado) nenhum sinal de civilização ou carro na estrada, depois de muita chuva e buraco consegui chegar todo molhado as 21:00 em Corumbá.

13-01 ( Corumba  – Corumba ) - Acordei cedo, agora já craque em carregar a moto, fui em direção a fronteira da Bolívia. Más a estrada que liga Corumbá a Santa Cruz , não passa carro de passeio e nem caminhão, só jipe 4x4 até ai eu já sabia, mas eu não contava com a chuva , todos na fronteira me aconselharam colocar a moto no trem, pois mesmo se eu conseguisse passar pela estrada que estava bem ruim era muito perigoso viajar sozinho nesta estrada ainda mais de Falcon, esta moto esta valendo ouro na Bolívia, me contaram varios casos de Falcons roubadas no Brasil e levada para a Bolívia me deram até o preço de uma Falcon roubada US$ 300, 00 !! é mole ?? Entrei na Bolívia e fui até a estação de trem para colocar a moto no famoso ” trem da morte “ , logo vem um rapaz ( Carmelo)  e me diz que os trem estão parados por causa da greve, pede para eu retornar as 8:00 do dia seguinte que ele colocaria a moto no trem. Volto para o Brasil e aproveito para atualizar o site.

Dia 14-01 ( Trem da Morte ) - Como combinado com o Carmelo, chego na estação as 8:00, logo ao me aproximar da estação, vem duas pessoas correndo em minha direção e se oferecendo para me ajudar a colocar a moto no trem, como o Carmelo, não aparece, começo a negociar a facada que seria colocar a moto no trem, a companhia de trem não tem funcionários para colocar as mercadoria no trem, fico obrigado a contratar a máfia dos despachantes, as 9:00 o Carmelo chega e começo a negociar com ele, as 9:30 é liberada a venda de passagem, compro meu lugar na fila por R$ 15,00, quando chega minha vez, a pessoa na minha frente tinha comprado a ultima passagem para hoje, como queria ir de qualquer jeito, a funcionaria conseguiu uma passagem de uma outra estação na SuperPullmam , a classe mais cara, beleza gastei uns R$ 220,00 com passagem e despesa de transporte da moto, já incluído a propina da máfia dos despachantes. O Trem chegaria por volta  das 15:00, fico na estação de Puerto Suarez esperando, o calor estava insuportável. Chega o trem da morte, uma correria, eu preocupado em colocar a moto no trem, entro no vagão de carga e junto com o Carmelo começo a amarrar a moto, passado alguns minutos o trem começa a apitar avisando que ia partir, e a moto não ficava em pé no vagão de jeito nenhum , após muito amarrar , desço do vagão, a porta é fechada e vejo o trem com minha moto indo embora. Não acreditando no que eu estava vendo, pergunto para o Carmelo " Você não disse que o trem ia esperar ???" Desesperado corro até a estação pego meu baú e o capacete, o Carmelo pega os alforjes e começamos a correr atrás do trem, parecia cena de cinema !!! Depois de correr muito entre os trilhos o trem para !! Entro no vagão todos olhando assustados para o motoqueiro que tinha perdido o trem. Me falaram tão mal do trem da morte, mas a classe que fiquei, não foi tão ruim assim. De madrugada embarcam novos passageiros, e logo começa um briga no vagão e todos acordam, não havia lugar para a bagagem dos novos passageiros, era um xingando o outro uma zona total no vagão, eu não parava de rir, mas depois fiquei preocupado, pois eu estava ocupando no bagageiro o espaço de uns três assentos com meu baú , capacete e os alforjes, mas logo a ferromoça com muita paciência conseguiu acabar com a briga e arrumou um lugar para as bagagens.

Dia 15-01 ( Trem da Morte - Santa Cruz) - Chego na estação em Santa Cruz as 12:45, agora sem a ajuda do Carmelo, saio do vagão com o Baú e o capacete, depois volto para pegar os alforjes, com muita dificuldade consigo arrastar toda minha bagagem sozinho até o vagão de carga, como demorei muito para chegar, novamente vejo o trem  indo embora com minha moto, chamo um garoto com um carrinho de bagagem, deixo com ele minhas coisas e entro puto na estação, vou até o balcão de informações e descubro que as cargas são deixadas num deposito no final da estação. Como minha moto estava no fundo do vagão, espero uma hora e meia para descarregar o vagão, depois com minha moto no chão, veio o famoso despachante pedindo 100 Bolivianos ( +/- R$ 50,00)  por ter descarregado a moto, ai eu perdi a paciência, falei alto em português, " paguei uma fortuna para colocar a moto no trem, você só desceu a moto do vagão , não pago isso mesmo " Dei para ele 10 bolivianos ( +/- R$ 5,00) ele não queria aceitar , falei novamente que só daria isso, ele pegou o dinheiro e foi em direção dos outros despachantes , ai eu pensei vou rodar, todos ficaram olhando com cara feia para mim, eles estavam bem na porta de saída da estação, onde eu teria de passar com a moto, continuo a carregar a moto, depois de carregada a moto não queria pegar, após varias tentativas ela pega, mas fica falhando, acelero fundo e passo voando pela porta onde estavam os despachantes. A moto anda alguns metros e para de vez, fui obrigado a tirar a gasolina da moto para poder entrar no trem, mas eu tinha deixado alguma gasolina, que seria o suficiente para chegar no posto,  penso que era falta de gasolina, mesmo tendo certeza que havia um pouco de gasolina no tanque. Deixo a moto carregada na calçada e vou atrás de um posto de gasolina, volto correndo , coloco a gasolina boliviana que é pura , a moto pega mas começa novamente a falhar, não era falta de gasolina, a moto estava com problemas, paro um táxi e peço para ele me guiar até uma oficina. O carburador estava todo entupido, fiz uma limpeza e aproveitei para reduzir o giglê do carburador para conseguir subir a Cordilheira até Cochabamba ( 2550 Mts). Vou direto para o Hotel Sarah indicado pêlos motoqueiros brasileiros Marcos e Clodoaldo em sua viagem para o Alaska. Finalmente uma cama, após uma viagem de 34 horas entre Corumba e Santa Cruz.

Dia 16-01 ( Santa Cruz - Cochabamba  ) Como a estrada nova de asfalto esta bloqueada por causa dos protestos da Bolívia. Peguei a estrada velha para Cochabamba, o tempo esta nublado, no começo a estrada estava ótima, asfalto bom, só tinha um problema, a estrada parecia um pasto, a cada 500 metros você encontrava boi, vaca e mulas, quase atropelei uma mula que estava logo após uma curva, até agora não sei como a moto conseguiu parar. Foram 120 KM de asfalto bom e desviando dos animais, derrepente o asfalto acaba e começa uma estrada de terra logo na subida da Cordilheira Oriental e para ficar melhor começa a chover, a moto ia sambando na estrada de lama, a estrada que sobe a Cordilheira, não tem proteção nenhuma, se você não se cuidar rola montanha abaixo. Nesta estrada existem paisagens lindas !! Vários vales montanhas, realmente muito bonito. A moto com a gasolina Boliviana esta muito mais econômica , esta gasolina pura é muito boa. Agora estou em Cochabamba apesar de estar a 2550 mts de altura, não estou sentido nenhum mal estar, só uma leve dor de cabeça. Parece que os protestos contra o governo boliviano continuam, acho que eles vão fechar amanha a estrada para La Paz, se isto acontecer, vou ser obrigado a ficar mais um dia em Cochabamba, vou assistir agora o noticiário local para saber sobre o bloqueio.

Dia 17-01 (Cochabamba - La Paz ) - Acordei cedo carreguei a moto e quando fui ligar a moto nada, quase descarreguei a bateria e nada, ai começo a desmontar a carenagem da moto para tirar a vela, não era a vela ,resolvi tirar a gasolina do carburador , funcionou, era alguma sujeira no carburador. A situação na Bolívia não esta boa, os protestos continuam, fui com um hospede do hotel até a estação de ônibus para saber se a estrada estaria liberada. Os rebeldes liberaram a estrada as 6:00 da manhã. A moto esta terrível, falhando e engasgando, como já tinha perdido muito tempo, resolvi arriscar e subir a cordilheira até La Paz assim mesmo. A asfalto da estrada é muito bom, mas na subida tem muitas pedras que rolam da montanha, é preciso o Maximo de cuidado, por que a menor delas, já é suficiente para perder o controle da moto. Mas que subida eu fui ate 4700 Mts !!! Estava muito frio !! E para ficar melhor a aventura peguei chuva, ai nesta hora eu não sentia mas a mão, era preciso parar varias vezes e colocar a mão no motor. Quando se chega no Altiplano, fica melhor para dirigir, a estrada vira uma reta só. Chegando em La Paz, como tem acontecidos nas outras cidades, eu me perco, mas La Paz é muito grande,com muitas ladeiras e ruas estreitas, como minha moto esta sem marcha lenta, a cada parada ela morria. Eu já estava perdendo a esportiva quando veio um senhor falando em Inglês, ele também estava viajando de moto e me mostrou um hotel com garagem, ele estava com mais dois motoqueiros, mas ele vinham de muito perto, da IRLANDA !! Eles sim estão longe de casa.Eles estão dando a volta ao mundo de moto.

Dia 18-01 ( La Paz - La Paz) . Acordo cedo para procurar um mecânico, um funcionário do Hotel me leva ate um mecânico. Em La Paz não existem muitas motos, e as poucas que existem são de baixa cilindrada e muito antigas. O mecânico estava fechado mas fiquei esperando ele abrir, logo vem um menino de uns 14 anos, me perguntando qual o problema da moto, expliquei para ele, em seguida ele abriu a oficina e voltou com uma caixa de ferramentas e começou a desmontar a carenagem da moto, " opa perai vc não e o mecânico ?" " É o meu pai mas ele só vem a tarde, mas eu também sou mecânico". Eu pensei pior não pode ficar, comecei junto com o menino a desmontar o carburador da moto, pois ele não tinha forca para tirar os parafusos. Ele reduziu ainda mais o gigle da moto para a altitude e fez uma limpeza geral do carburador, realmente ele mostrou muita habilidade. A moto ficou ótima !!! Não falha mais, a marcha lenta esta ótima e esta andando muito e ainda bateu um novo recorde de consumo 32 KM/L isto para uma Falcon é impressionante(esta media só é possível com a gasolina Boliviana).O Frio da subida da cordilheira, acabou com minha garganta, já comecei a tomar antibiótico, depois do reparo fui descansar no hotel, e mais tarde fui andar em LA Paz, como toda cidade Boliviana, os motoristas são péssimos, acho que eles tiram a carteira de motorista pelo correio, e toda hora estão buzinando é impossível andar pelas ruas de La Paz sem ouvir uma buzina. Gostei muito do centro de La Paz, muito bonito, tirei varias fotos.

Dia 19-01 ( La Paz - Puno) - Acordei cedo o tempo estava fechado. Quando eu carregava a moto os 3 motoqueiros da Irlanda também estavam carregando. Eles também iriam até Cusco, mas meu corpo no estado que esta só chega até Puno e seria muito difícil acompanhar 2 BMW 1100 e uma DR também no meu roteiro estava conhecer as ruínas de Tiahuanaco, os ancestrais dos Incas. O asfalto até Tiahuanaco é muito bom. Muito interessante as ruínas e os museus. Com o corpo muito ruim segui viagem até a fronteira. Cheguei as 13:00, ela só abriria as 14:30, fiquei conversando com os caminhoneiros que iriam cruzar a fronteira. As 14:45 um funcionário da Aduana me informa que estou na ponte errada, volto para a outra ponte e passo pela imigração e a aduana, todas sem problemas. Na saída da fronteira o frio aumenta, estava mais frio do que a subida da Cordilheira. Estava impossível andar mais de 50 Km sem parar e ficar junto do motor uns 15 minutos para esquentar, fui assim parando a cada 50 Km. Chegando em Puno fico no primeiro hotel que encontro com garagem. Como cheguei muito tarde, não deu para conhecer as famosas ilhas de Puno no lago Titicaca !! Fui jantar e dormir.

Dia 20-01 ( Puno - Cusco) - Acordei muito ruim, o tempo estava com cara de chuva. Coloquei o termômetro na janela, estavam 11graus lá fora. Esperei até as 10:00 a temperatura subiu para 13 graus, como vi que não iria mais esquentar mais, tomei meus remédios , carreguei a moto e estrada. O frio estava mesmo em Puno, a 80 KM de Puno o tempo esquenta , a estrada é ótima só retas e asfaltada, diferente da Bolívia, fui parado varias vezes pela policia para verificar meus documentos. Faltando 150 KM para Cusco encontro um grupo de motoqueiros parados na estrada. Paro para conversar, eles também estão muito longe de casa, eles eram da Suíça e estavam fazendo um tour de moto pelo Peru, não sei como eles conseguiram mas eles tinham duas Tenere 600 com placa da Suíça ?! Aproveitei para treinar meu alemão, conversamos bastante, andei um pouco com eles, mas pararam para comer e segui a viagem, eu não estava muito bem, queria chegar logo no Hotel. Andei bem e cheguei logo em Cusco, acho logo o Hotel indicado pelo Chardo. Já estava 3 dias tomando antibióticos e nada de ficar bom, fui numa farmácia tomar uma injeção de Benzetacil, agora tenho que ficar bom !! Fui para o hotel dormir.

Dia 21-01 - Cusco - Valle Sagrado - Acordei bem melhor , mas com o corpo ainda mole. Este dia foi dedicado a conhecer o Valle Sagrado, comprei um pacote turístico. Hoje só andei de ônibus de turismo, a moto ficou parada. Passei por lugares fantásticos, tirei varias fotos.No grupo de turista conheci 3 mineiros ( Vinicius,Leandro e o Guilherme) e mais dois Paulistas ( Gustavo e seu irmão) Todos viajando de ônibus pela Bolívia e Peru. Eu Queria ir amanha para Machu Picchu, mas o pneu do ônibus furou 2 vezes e chegamos muito tarde em Cusco todas as agencias de viagem estavam fechadas. Amanha bem cedo vou garantir meu pacote para Machu Picchu para o dia 23 e aproveitar o dia em Cusco, aqui tem vários lugares interessantes para se conhecer. Como não tinha saído nenhum dia a noite fui no PUB Mama África, muito legal tocava todo tipo de musica desde Axé até Salsa, lá dentro você não sabe em qual pais você esta, tem gente de todas as nacionalidades : Sueco, brasileiro, americano, Japonês, Argentino ...  Mas mesmo assim, a mais bonita era uma brasileira(Gabriela) de Presidente Prudente.

Dia 22-01 ( Cusco-Cusco) - Acordei bem cedo, para poder aproveitar bem o dia e comprar logo meu pacote para Machu Picchu, amanha as 5:30 estou finalmente indo para Machu Picchu !!!. Quando você chega em Cusco é bom comprar o boleto turístico, com ele você pode visitar 16 atrações, as ruínas perto de Cusco e no Vale sagrado. Hoje tirei o dia para conhecer as ruínas Incas perto de Cusco, fui de moto . Estive em alguns museus, o mais interessante é o Museu Inca, não esta no boleto, mais deveria. A tarde fui dormir um pouco, a noite no Mama África foi longa. De tarde fiquei um pouco na Praça das armas, fiquei sentado um bom tempo nas escadas da catedral, vendo o movimento, muito louco as pessoas que passam por aqui !! Pena eu não ter uma filmadora, até agora a única coisa que me arrependo de não ter trazido !!. A noite jantei com duas brasileiras a Gabriela e a Raquel, comi a primeira macarronada da viagem, estava muito bom. Como adoro sair a noite,mais tarde fui de novo no Mama África, tinha menos gente mas estava bom, como faltava pouco para as 5:00 fiquei com medo de ir dormir e perder a hora para o trem para Machu Picchu, fiquei acordado até as 5:30.

Dia 23-01 ( Machu- Picchu ) - Fiquei na porta do Hotel das 5:30 até as 5:50 quando um rapaz da agencia de turismo me levou até a estação de trem. Pensei que conseguiria dormir um pouco no trem, mas os bancos são muito ruim, virado para o outro, na minha frente tinham um casal de Holandeses, não tinha espaço para esticar as pernas. Muito bonito a paisagem, no meio do caminho vão descendo as pessoas que vão para Machu Picchu pela trilha do Incas, são 2 ou 4 dias de caminhada, se eu tivesse mais tempo e dinheiro teria feito este caminho. Chegamos em Águas Calientes, estação final do Trem, lá existem alguns hotéis e um mercadinho de artigos típicos, pena que meu dinheiro e espaço na moto estão no limite !!! Em águas calientes peguei um ônibus até a entrada do parque onde estava meu guia. Machu Picchu é fantástico, fica difícil escrever com palavras, é preciso estar lá para ver !!! Conhecemos toda a cidade com seus templos, praças e casas. O tempo foi muito curto mais conheci a cidade toda. Meu conselho para quem vai conhecer Machu Picchu, se for de trem, passe um dia em Águas Calientes, seu ingresso do parque vale por 2 dias. Já estava na hora de descer para pegar o trem !!! Pena gostaria de ficar mais tempo para poder ver com mais calma estas ruínas que são fantásticas !!!! Só vendo e sentido a energia que este lugar tem !!!! No trem de volta na minha frente estavam um casal ( uma mexicana Martha, casada com o Javier ) um show de casal muito simpáticos até me convidaram para ficar na sua casa em Los Angeles, quem sabe no projeto 2005. No meu lado estava uma brasileira ( Maria ) muito simpática também, ela estava viajando com um grupo de 5 brasileiros, conheci 2 deles. Conversei um pouco com ela, mas estava com muito sono e dormir. A agencia de turismo me esqueceu na estação, voltei de táxi para o Hotel, uma dica, nunca entre num táxi na Bolívia ou no Peru sem antes negociar o preço da viagem, após muita negociação consegui um táxi bem baratinho. Em Cusco fui jantar com um casal de brasileiros do Rio Grande do Sul. Já era umas 22:00 quando fui dormir um pouco para mais tarde ir de novo no Mama África, coloquei meu relógio para tocar as 00:30, mas só acordei as 9:00 do dia 24, pena perdi mais uma noite em Cusco !!

Dia 24-01 ( Cusco - Cusco ) - Fiquei mais um dia curtido Cusco, eu ficaria um mês inteiro aqui !! Mas tenho de voltar para casa !

Dia 25-01 ( Cusco - Copacabana ( Bolívia) ) - Com muito desgosto vou deixando Cusco, pego um pouco de chuva, mas o tempo melhora, que visual, em cada curva aparece uma paisagem diferente, as montanhas e os vales parecem uma pintura de um quadro, aguardem as fotos !! A viagem ia muito bem até chegar em Juliaca no Peru, logo que entrei na cidade, percebi que a policia num Toyota, me seguia, mas tudo não tinha feito nada de errado, eu estava seguindo os carros que estavam na minha frente, quando o carro da policia liga a sirene e pede para mim encostar, pede e segura todos meus documentos ( Passaporte e documentos da moto ) de posse de meus documentos ele fala que eu cometi uma infração de transito que nem ele conseguia explicar qual era !! mas eu não fiz nada de errado, entra no carro e pede para mim seguir e sai correndo com meus documentos, ai eu pensei to ferrado, subo rápido na moto para tentar acompanhar os policias, eles me levaram para um lugar meio deserto e me disseram que para eu ter os documentos de volta teria de dar para eles US$ 100,00 !! è mole ?? Depois de muito bate boca, eu devo ter dito umas 1500 vezes que não tinha dinheiro, percebi que os dois policias estavam ficando muito nervosos, um começou a falar alto comigo, ai eu percebi que se não desse nada para esses FDP, eles iriam me bater ou algo parecido e me levar para cadeia inventando outra acusação ainda pior, e em quem eles iriam acreditar ? Em dois policiais ou num brasileiro sozinho viajando de moto ?? Muito puto dei meus Dolares que eu iria trocar na fronteira, apos o pagamento fui escoltado ate a saída da cidade !! Sai de Juliaca em direção a fronteira para a Bolívia com um só pensamento, sair o mais rápido possível deste pais cheio de policiais FDP. Na fronteira em frente a aduana ainda puto, não paro a moto direito e a alguns passos da moto vejo o moto caindo no chão !! Passo na Aduana e na imigração sem problemas quando vou na policia dar baixa da moto no Peru, não è que os policiais FDP me pediram uma contribuição para pintura do prédio, quase que mandei ele a merda, mas me contive e expliquei que meu dinheiro tinha ficado com seu irmão em Juliaca, como já estava com os dados no livro, levantei e fui embora em direção a aduana Boliviana, que policiais FDP !! Na aduana Boliviana sem problemas. Chego em Copacabana e me sinto numa praia no Rio de Janeiro, em frente ao Lago Titicaca, vários barcos, quiosques, bancos, como se fosse uma praia, realmente muito bonito.Compro logo meu pacote para conhecer a Ilha do Sol e da Lua amanha.

Dia 26-01 ( Ilha do Sol e da Lua ) - Muito bonito a Ilha do Sol, ela se parece muito a Ilha Grande no litoral do Rio. Na volta no Hotel, encontro uma XL 1000 da Honda com placa da Argentina, estacionada ao lado da minha Falcon, pergunto na recepção qual o quarto do motoqueiro. O César e sua esposa, saíram da Argentina subiram pelo Chile e foram até Cusco/Machu Pichu no Peru e estão voltando pela Bolívia até a Argentina. Ele não mexeu na moto para andar na altitude, mesmo com um motor possante, a moto dele não passava de 80 Km/h e estava falhando muito. Ficamos até as 23:00 tentando mexer na regulagem do carburador, mas a Xl é muito difícil de mexer, tiramos só o filtro de ar. Ele decidiu viajar comigo um trecho amanhã, pois assim ele teria alguma ajuda caso a moto apresentasse mais um problema. 

Dia 27-01 ( Copacabana - Cochabamba) - O tempo continuava gelado, chovia forte, carreguei a moto em baixo de uma chuva forte, diferente do César que carregou a moto dele em 3 minutos, levei quase 30 minutos para amarrar toda minha bagagem na moto. Pretendo na minha próxima viagem comprar um equipamento igual do César : 3 baús de 42 litros  da Givi de encaixe, é muito mais pratico !! Antes de pegar a balsa para cruzar o lago é preciso subir uma montanha, pensei que a XL não fosse conseguir subir, ela não passa de 50 Km/h na subida. No topo da montanha estava tudo branco de gelo, eu queria  tirar uma foto, mas estava tão frio que não arrisquei. Ao chegar na Balsa, o tempo esquenta e para de chover. A esposa do César estava morrendo de medo de cruzar a moto na " Balsa", eu não consegui apoiar a moto no cavalete, as tabuas tem um espaço entre elas, fiquei sentado na moto com as duas pernas no chão, a balsa balançava muito. Que aventura !! Pela primeira vez nesta viagem, paro para almoçar na estrada, o César escolheu um restaurante na beira da estrada, a comida estava ótima. Antes de descer a Cordilheira até Cochabamba me despeço do César prometendo passar uma noite na casa dele durante minha viagem para o Ushuaia ano que vem. Chego por volta das 18:00 em Cochabamba.

Dia 28-01 ( Cochabamba - Santa Cruz de La Sierra) - Pela primeira vez, acordo tarde para viajar, ontem foi muito cansativo. São Pedro resolveu finalmente me ajudar, hoje só deu sol !!! Na ida devido ao bloqueio, eu tinha subido pela Cordilheira Oriental ( Estrada antiga), na volta peguei a estrada nova, que visual !!! Muito mais verde que pelo outro caminho !! Realmente muito bonito. No meio da Cordilheira, o asfalto acaba e começa uma estrada de ripio ( terra e pedra), foi muito sinistro !! Tinha muitos caminhões e ônibus, eles não me davam passagem e vários me jogaram literalmente para fora da estrada, e a moto com o pneu já meia vida, ia sambando nas pedras !! Que sufoco passei neste pedaço de ripio !! Após vários Km de ripio, o asfalto volta é agora minha vez de dar poeira nestes motoristas de caminhões. Hoje fui parado umas dezenas de vezes pela policia Boliviana, diferente da policia Peruana, não fui assaltado, os policiais Bolivianos são muitos simpáticos. Apos a descida da Cordilheira, minha moto que esta com o gigle reduzido para a altitude não passa de 90 Km/h. Chego em Santa Cruz as 17:20 e vou correndo para o mecânico. Na oficina não acreditei no estado que estava o carburador, ele tinha sido limpo em La Paz, mas estava muito sujo mesmo !! Como entre dois caminhos o motociclista escolhe sempre o de pior acesso  e contrariando todos que me alertaram para não pegar os 650 Km de terra entre Santa Cruz e Porto Suarez ( Fronteira com o Brasil) sozinho e nem nesta época de chuva, por que a menor chuva a estrada fica intransitável. Obrigado pelos aviso mas vou assim mesmo !! Para melhorar agora em Santa Cruz, esta caindo uma tempestade, mas sou otimista, amanha o tempo vai estar melhor !! Em Porto Suarez, os poucos que me incentivaram pegar esta estrada, disseram para eu fazer este trecho num único dia, pois se eu parar eu qualquer cidade no meio do caminho , vão roubar minha moto, então amanha as 5:30, estou na estrada !! 

Dia 29-01 - 300 KM ( 1ª Tentativa ) Pego a estrada bem cedo, o tempo esta bom, vou seguindo as instruções dos frentistas dos postos de gasolina e após me perder de novo na saída da cidade, pego a estrada para Porto Suarez, ando uns 120 Km e noto que a estrada esta muito boa, muito estranho pois esta estrada é horrível, ando mais 10 Km e chego num posto de fiscalização da policia, mostro meu mapa para os policiais e eles olham para o mapa como se nunca tivesse olhado um antes, mas confirmam que esta é a estrada para Porto Suarez. Avanço mais 10 Km e a estrada melhora !! Já convencido que estava na estrada errada, e todos me indicaram a estrada errada,resolvo voltar, chegando em Cototoca, 45 Km de Santa Cruz, finalmente encontro um frentista que me indica o caminho correto, ainda bem que voltei pois estava indo na direção errada, como já tinha andado quase 300 Km, eu tinha perdido muito tempo para pegar a estrada correta, volto para Santa Cruz, para tentar amanhã, vou ficar tentando até conseguir, não vou colocar a moto no trem.

Dia 30-01 (Santa Cruz – Roboré ) - O tempo estava ótimo, as nuvens que apareciam ontem tinham sumido, agora já sabendo o caminho e certo que chegaria na fronteira hoje a noite.Chego na ultima parada um posto de gasolina 9 Km antes antes de pegar da famosa estrada de terra, encho o tanque e exatamente as 8:00 pego a estrada de terra, logo nos primeiros quilômetros haviam poucos buracos mais a estrada era de ripio ( pedra + terra ). Já comecei a ficar preocupado com minha média horária, que estava muito baixa, mas sempre com o pensamento positivo que a estrada iria melhorar. Lá pelas 10:00, o calor estava terrível, eu com jaqueta de couro, luvas e a viseira aberta por causa do calor, sinto um bicho me mordendo dentro do capacete na altura do meu olho, para a moto correndo. Tiro capacete e vejo que uma espécie de vespa tinha me mordido, a dor era terrível e logo meu olho começa a inchar, mas eu tinha muita estrada pela frente, coloco o capacete e acelero fundo. Durante mais de 2 horas na estrada eu não tinha cruzado com nenhum carro, exceto um micro-ônibus, a estrada de ripio se transforma em uma estrada de terra com muito buracos fundos, quase caio da moto numa cratera no meio da estrada, por volta do meio dia eu não havia andado muito e logo percebi que seria impossível chegar em Corumbá hoje. Perto de San Jose de Chiquitos, ando um trecho no temível chão de areia( fina como areia de praia) sou obrigado a andar nestes trecho de primeira marcha e com os dois pés para fora. Por volta das14:00 já exausto chego em San Jose de Chiquitos, me informo, até Roboré o próximo vilarejo com uma pousada são 90 Km. Decido pernoitar em Roboré . O frentista do posto me alertou que a estrada até Roboré estava terrível, não dei muita atenção para ele, porque para mim pior não poderia ficar. Tomei 2 litros de Coca e segui, percebo que não eram mais trechos de areia e sim a estrada toda de areia, logo levo meu primeiro tombo, não consigo levantar a moto sozinho, não adiantava esperar ninguém, são poucos os veículos que usam esta estrada.Com a Falcon sem carga, consigo levantar e agora com cuidado redobrado vou sambado na areia e o sol na cabeça castigando. Faltando alguns quilômetros para chegar a Roboré atravesso varias poças que pareciam vários lagos no meio da estrada. Não demorou muito para aparecer o primeiro rio, como não haviam pontes, atravesso com a moto, bem no meio da travessia a água estava batendo no tanque da moto !!! mas a Falcon muito valente atravessou numa boa, mas a frente era preciso atravessar mais um rio, este bem menor e mais raso, pensei que seria moleza, mas quase vi o fim da minha vigem neste rio, o fundo era cheio de pedra a moto quase tombou dentro do rio, consegui segurar a moto no braço. Chego em Roboré as 19:00. Levei 5 horas sem descansar para andar 90 Km !!! Esta estrada é realmente terrível !!! Após parar a moto na " pousada" eu não conseguia mais apertar a embreagem da moto, parecia que eu tinha tomado uma surra. Morto de sede, tomo 3 litros de Coca-Cola de uma vez, meu recorde. Vou procurar um lugar para comer, novamente já não me importando com a qualidade da comida, só preocupado em tomar mais liquido, no vamos dizer " restaurante" tomo mais 2 litros de refrigerante, quase não consigo comer o frango com arroz, a barriga estava cheia de liquido. Tomo um banho e desmaio na cama.

Dia 31-01 (Roboré – Porto Suarez – Fronteira – Corumbá  ) – Infelizmente o dono da " pousada" me disse que a estrada até Santa Cruz esta ótima, o trecho até o Brasil esta muito pior, desta vez diferente do frentista em Roboré, levei a serio seu comentário. Não consigo acordar cedo. Por volta das 9:30 pego a maldita estrada e novamente somente areia e logo nos primeiros quilômetros levo mais um tombo. Chego em águas calientes e tomo 2 litros de soda. Eu que pensei que já tinha passado por muito sufoco até aqui, estava enganado a aventura estava só começando. De águas Calientes até Porto Suarez eu passei pelo INFERNO, fica difícil descrever em palavras o que eu passei , vou tentar fazer isto no meu livro, aguardem !! Foram vários tombos, eu cheguei no limite do meu corpo e da moto !!! Foi aventura para toda minha vida . As 22:00 chego no Asfalto em Porto Suarez . As 22:40 chego no hotel em Corumbá no Brasil !!!

Este trecho na Bolívia de Santa Cruz de la Sierra até Porto Suarez ( 650 Km) Eu descrevi só alguns detalhes, aguardem meu livro, nele vou tentar descrever toda minha aventura neste trecho. Se algum doido estiver lendo este diário e pretenda pegar esta estrada nos próximos dias , NÃO FAÇA sem antes entrar em contato comigo !!

Dia 1-02 ( Corumbá – Três Lagoas ) - Acordo cedo e levo a moto num borracheiro para trocar o pneu de trilha( Biscoito) pelo meu de asfalto. Moto pronta, pego a estrada, impressionante como o sol muda a paisagem do Pantanal, na ida estava chovendo, muito bonito o Pantanal. Chego rápido em Campo Grande, na rotatória onde na ida eu tinha errado o caminho, presto atenção e sigo uma placa indicando para São Paulo, ando uns 100 Km quando vejo uma placa indicando que estou na MS 267, eu deveria estar na BR 262 para chegar em Três Lagoas !! Errei de novo na rotatória de Campo Grande !!! Esta estrada também leva para São Paulo, mas tem um trânsito terrível de caminhões, decido que vou dormir em Presidente Prudente ( SP), ando mais uns 40 Km e o Motor da moto faz um barulho, a moto da um tranco e apaga !! A moto estava perfeita, andando muito !! Tento a ignição, mas o motor de arranque não consegue virar o motor, parecia que o motor tinha travado. Fico uns 40 minutos pedindo para alguém parar e nada, a estrada não tem acostamento, já convencido que ninguém iria parar e já eram 16:00 logo iria escurecer. Lembro que a alguns quilômetros a traz eu tinha passado por um posto de gasolina, viro a moto e começo a empurrar ela em direção ao posto, um detalhe a estrada não tem acostamento. Depois de empurrar muito a moto, um motoqueiro para e empurra com a CG a Falcon até o posto, sem ele acho que não teria forca para empurrar a moto. Chego no posto as 18:00. Aciono o seguro da moto, o reboque chega as 20:30, fui rebocado até Campo Grande. Fico no Novotel de Campo Grande, finalmente fico no primeiro Hotel de primeira linha , de toda a viagem ( Claro que era a seguradora que estava pagando).

Dia 2-02 ( Campo Grande – Campo Grande ) – Fico em Campo Grande esperando a Honda abrir na segunda.

Dia 3-02 ( Campo Grande – Três Lagoas) – O problema na Falcon foi uma pane na parte elétrica, talvez causada pelos rios que a moto atravessou com o nível da água no tanque da moto, no trecho ( Santa Cruz – Porto Suarez). A falcon, sem carga na bateria a moto não anda, o motor para. A bateria que era a original da moto, foi trocada, mas o retificador de tensão a Honda de Campo Grande não tinha e nenhuma Honda do Mato Grosso do Sul. De tanto mexer no retificador, ele começa a funcionar novamente. Pego a estrada para Três Lagoas, desta vez não erro a estrada. Chego em Três Lagoas as 16:00.

Dia 4-02 ( Três Lagoas ( MS) – Araçatuba ( SP) – A moto esta muito boa, meus planos são de dormir em Resende ( RJ), mas faltando 40 Km para chegar em Araçatuba, a moto apaga de novo !! Desta vez não foi preciso empurrar a moto, logo um rapaz num Monza para e me empresta seu celular. O reboque me leva para Araçatuba. A Unidas ( Autorizada da Honda de Araçatuba), também não tem a peça e rapidamente encontram o retificador em Bauru. Eu teria de esperar a peça chegar amanhã. Como meu hotel era perto do Shopping, vou no cinema e finalmente entendo o filme todo, fui no cinema na Bolívia e não tinha entendido nada do filme, o espanhol falado rápido é muito difícil entender. A noite eu queria ir no Barril em Araçatuba, mais desmontei na cama e só acordei no dia seguinte..

Dia 5-02 ( Araçatuba (SP) – Resende ( RJ) ) Chego bem cedo na Unidas, logo a peça chega pela Transportadora. Fico conversando com o pessoal da Unidas, ganho uma camisa da Unidas e ainda sou filmado para seu comercial para TV . Muito gente boa todos. Um abraço para todos da Unidas ( Tucano, Moacir, Edson, Luiz Cláudio, Luciano... ... ...). Com a moto consertada, acelero fundo e chego rápido em Resende.

Dia 6-02 ( Resende) - Passo o dia em Resende

Dia 7-02 ( Resende - Santa Rita do Sapucaí ) -  Com um rombo na conta bancaria, a moto castigada e o corpo no limite do cansaço, CHEGO EM CASA, mas com a alma lavada por ter conseguido vencer todos os desafios e ter realizado meu sonho. 

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Para todos aqueles que um dia pretendem se livrar das algemas da rotina e realizar um sonho, não pare de sonhar, um dia eles podem se tornar realidade. 

Posso dizer que sou uma outra pessoa, as experiências na qual passei, não tem preço. Vi muita coisa bonita mas também vivenciei um outro lado , não tão bonito assim que é a pobreza dos paises da América do Sul. Nesta viagem vi que o Brasil não é tão pobre assim, o que importa é na verdade como os povos enfrentam as dificuldades e isto nós da América do Sul temos muito jogo de cintura...  

As dificuldades e experiências da viagem, principalmente no trecho entre Santa Cruz e Corumba, vão me ajudar a enfrentar novas dificuldade que surgirão no futuro. 

Muito obrigado a todos que acompanharam minha viagem pela Internet e um abraço especial para todos que  enviaram mensagens antes, durante e após a viagem.

 MUITO OBRIGADO PELA FORÇA !!!